quinta-feira, 31 de julho de 2008

Dicas de Verão!


Faço minhas as dicas para o Verão do Pedro Tochas:



Nunca uses a expressão: "É Verão, posso passar a mão?"É raro a expressão cair bem, mas nunca se sabe.


Se vires alguém muito parado dentro da piscina, tenta não engolir água naquela zona. Especialmente se estiver quentinha.


Caso faças sexo na praia, tem cuidado com a areia.Porque esta é mais esfoliante que lubrificante.As alforrecas não são amigas.


Podes não saber, mas é uma verdade.NUNCA USES SANDÁLIAS COM MEIAS!!!!Ainda pensam que és inglês.


Por último, caso queiras perder peso para ficar mais elegante, esquece as dietas, o exercício físico e todas essas parvoíces, o segredo:Intoxicação alimentar.É quase milagroso o peso que perdes com uma simples semana de vómito e diarreia.


Boas férias para todos... Até lá portem - se muito mal!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Diga lá a resposta!

Aqui vão os casos práticos que sairam num exame de Direito Penal:
"Maria tem grandes dificuldades económicas, e o seu tio anda sempre a esbanjar dinheiro à frente dela. Maria é a única herdeira do tio e resolve matá - lo para ainda assim poder herdar ainda alguma fortuna do pouco que já resta. Sabe - se que o tio há muito zangado com Maria andava a planear matá - la. E quando Maria foi ter com ele, no domingo passado, à saída da missa, e disparou contra ele diversos tiros causando -lhe a morte, o tio vinha já com a mão na arma, que estava no bolso do casaco, pronto a disparar contra Maria. Qual a responsabilidade penal de Maria?"
"Manuel e Maria adoptaram o pequena José quando ele tinha dois anos de idade. Desde então, vão todos os anos à praia. Mas, no verão passado, quando Manuel estava ao fim do dia com José na praia, num dia em que o mar estava muito violento, José ficou sem pé, quando estava a tomar banho, e em perigo de vida. Perto estava o nadador - salvador e, por isso, Manuel que viu o josé em perigo, sabendo que era seu filho, ainda assim ada fez, convencido que não tinha qualquer obrigação de salvá - lo, uma vez que estava ali o nadador - salvador. Por isso, o José foi socorrido tarde demais, e apesar de não ter falecido ficou com sequelas cerebrais por ter estado demasiado tempo debaixo de água. O que não terioa sucedido se Manuel o tivesse prontamente socorrido. Qual a responsabilidade penal de Manuel?"
Os advogados são conhecidos como loucos... Porque será? Isto vai desde: matar depois da missa até ao pai que não lhe apetece salvar o filho!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Rosa filmes apresenta...


Não poderia deixar de referir este grande filme que marcou o meu percurso académico. Deveria ser um drama mas tornou - se uma comédia, pela maneira como foi realizado, pelo argumento e pela prestação dos actores. Agora que penso nisso, acho que foi uma das primeiras saídas que eu, a Belinha e a Diana fizémos juntas. Ficámos na sala do cinema 1o minutos depois de o fiilme ter acabado. Recomendamos a todos a cena final, que não está neste vídeo (infelizmente)! O mais engraçado disto é que ainda tivémos a coragem de alugar o filme e ver de novo. Havia cenas (as imperdíveis) que repetiamos umas cinco vezes seguidas. Isto tudo misturado com gargalhadas histéricas, que colocavam a Carina furibunda porque queria dormir. Por isto e por estar mencionado, inclusivé, nas nossas caricaturas do carro de curso, não deixem de ver e divirtam - se.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

É sim!!!

Crónica de Crónica de Pedro Mexia in Grande Reportagem, 06/03/2004:

"Uma amiga de longa data pediu-me que lhe corrigisse as vírgulas na tese de doutoramento. Com certeza que sim. Atirei-me, pois, às vírgulas. Mas confesso que não estava preparado. É que a tese - não sei como dizer isto - debruça-se sobre a problemática da cessão dos créditos. Confortavelmente esticado na minha caminha, de lápis na mão, dei por mim teletransportado ou, se preferirem, transplantado para a década de noventa do século passado. Essa tarde recordou-me outras tardes, árduas e infindáveis, há 12 ou 13 anos. Era, nessa época, aluno do curso de Direito. Saquei o canudo em 1995. E, depois disso, tenho mantido o silêncio. Mas agora, passado o período de nojo, aproveito para deixar aos meus leitores dois ou três avisos sobre o dito curso. Pois bem: trata-se da mais inconcebível, árida, macilenta e desprezível das criações humanas. Reparem que nem sequer me refiro ao Direito propriamente dito: sobre essa matéria a conivência dos juristas com tiranias sortidas e as obras completas do Kafka chegam e sobram. Quero agora evocar apenas o curso, aqules cinco penosos anos de colónia penal. Convém aliás explicar que o curso de Direito tem cinco anos não por exigências curriculares mas como forma de homenagem aos planos quinquenais soviéticos. A lógica de opressão, de dirigismo e de extermínio é a mesmíssima. Não vou agora aqui sumariar a minha experiência estudantil, a qual, aliás, foi aprazível a princípio e se tornou depois indiferente. Mas recordo-me bem do momento de viragem. Em pleno terceiro ano, o meu descontentamento veio ao de cima violentamente, como um almoço mal digerido. Estava numa aula de Direitos Reais. Estava aborrecido. Estava com sono. Escrevinhava coisas num caderno. E em cima do estrado, o monocórdico mestre dissertava sobre a «servidão de estilicídio». Eu explico: trata-se de garantir escoamento das águas quando um prédio vizinho não está a mais de cinco decímetros do outro. A minha vaga insatisfação com o curso tornou-se, nesse segundo, algo de muito mais agudo, como uma úlcera que rebenta. Eu não sabia o que queria fazer da minha vida; mas não era certamente estudar o escoamento de águas e a distância entre os prédios. Que se lixasse o estilicídio. Eu queria distância era do curso. Porque essa era a nossa faina. Engolíamos, como óleo de rícino, noções assim intragáveis durante dez infindáveis s emestres. Não apenas a acção de despejo, o IRS ou a recorribilidade do acto administrativo, assuntos minimamente perceptíveis, mas muitas e muitas bizarrias. A Constituição da Costa Rica. O inadimplemento culposo. A impugnação pauliana. A venda a retro. A ineptidão da petição inicial. As prescrições presuntivas. A substituição quase-pupilar. O fideicomisso. O anatocismo. A enfiteuse. Os vícios redibitórios. Os impedimentos dirimentes relativos. O contrato sinalagmático. O registo das sociedades em comandita. O benefício da excussão. E, claro, a cessão de créditos. É preciso ter um interesse desmesurado acerca das regras que regulam uma sociedade, em todos os seus nauseabundos detalhes, para estudar estas salgalhadas. E para aguentar os infindáveis casos entre o 'senhor A' e o 'senhor B', que vendiam um ao outro casas, se processavam, pediam licenças de uso e porte de arma, deixavam violas de gamba em usufruto, e por aí em diante. Por vezes iam mais longe: o usufruto era em Amesterdão, a arma de Poiares da Beira, o processo na Califórnia e a casa nas Comores. Quid juris?, perguntavam, sacanas, os lentes. Não sabíamos nem queríamos saber. Por esta altura, todos nós queríamos mais era que o senhor A e o senhor B se quilhassem. Manhãs e tardes a fio assisti a isto. Noites e noites a fio estudei isto. Vou ter olheiras para sempre por causa disto. Arruinei a minha caligrafia por causa disto. Sofri horrores de nervos e bexiga por causa disto. Aguentei o prof. Soares Martinez por causa disto. Comprei e sublinhei de capa a capa catrapácios de setecentas páginas sobre a pensão de alimentos por causa disto. Por isso vos digo, ó finalistas do liceu: não se metam nisso. Parafraseando Jaques Séguéla, diria que há actividades bem mais decentes. Como pianista num bordel."


Como estudante de Direito confirmo os factos retratados. Mas duvido que alguém tenha os cadernos mais "rabiscados" como eu, a Belinha e a Diana. Até um argumento para um filme para adultos nós co - escrevemos, envolvendo todo o pessoal docente e não docente da nossa faculdade. Pianista num bordel?? Hum... não sei!